21 fevereiro 2008

Internética (Parte I)


Cada vez mais a humanidade é constituída por "homens aranha" que regem toda a sua vida por uma teia que apelidamos por "Internet". Neste sentido, reside aqui um grande e fulcral problema: serão estes "homens-aranha" seres éticos?
Ao longo dos anos temos visto que a Internet tem aspectos positivos e negativos. A sua origem foi num ambiente mau, isto é, o mundo virtual surge na guerra fria, anos 60, com o objectivo de transmitir dados bélicos e codificá-los dos inimigos. Contudo, este meio de comunicação tem tido grande importância no desenvolvimento da sociedade, ou seja, desde as relações humanas até ao desenvolvimento económico.
Nesta linha, a questão ética fundamental é saber se a Internet contribui para o desenvolvimento relacional dos homens, dos povos e se a verdade é a base deste sistema. No documento "Ética nos meios de comunicação social", o Pontifício Conselho para as comunicações sociais afirmava que "o princípio ético fundamental é este: a pessoa e a comunidade humanas são a finalidade e a medida do uso dos meios de comunicação social; a comunicação deveria fazer-se de pessoa a pessoa, para o desenvolvimento integral dos mesmos".
A Internet deveria ser um lugar e um meio de restabelecer e fortalecer relações, instrumento de difusão do amor, da verdade e da solidariedade. Este meio de comunicação, como todos os outros, deveria promover os valores que a sociedade está a esquecer, em duas palavras, o mundo digital deve estar ao serviço do bem comum.
os dias actuais revelam que os meios de comunicação são um factor importante na transformação das atitudes e costumes sociais e, por este motivo, a Internet deve ser "uma máquina recicladora" dos valores da sociedade.
Assim, as vantagens da Internet só se podem realizar plenamente, se os problemas que transporta forem resolvidos.

Um comentário:

Anônimo disse...

caríssimo amigo,
este artigo fez-me pensar bastante... temos de promover o bem comun no mundo digital, dar aos homens de hoje, um sentido para a qual vale a pena viver, também neste mundo que é parte integrante do meio onde o homem se insere!
parabéns por este blog!
abraço
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