23 dezembro 2007

Tony Blair converte-se ao catolicismo

A Igreja Católica na Inglaterra confirmou oficialmente a conversão ao catolicismo do antigo primeiro-misnitro britânico, Tony Blair, acontecimento recebido com satisfação pelo Vaticano.

“Os católicos ficam sempre satisfeitos por acolherem na sua comunidade quem quer que tenha feito um caminho sério, de reflexão, para o catolicismo”, referiu à AFLP o director dos serviços de informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi.


A entrada de Blair, de 54 anos, na “plena comunhão da Igreja” foi anunciada esta Sexta-feira pela arquidiocese de Westminster. O Cardeal Murphy O’Connor mostrou-se “muito feliz” por acolher o actual representante do Quarteto para o Médio Oriente.


A nota oficial da arquidiocese britânica precisa que Blair “participou regularmente, durante muito tempo, na Missa com a sua família e nos últimos meses seguiu um programa de formação para preparar a sua entrada na comunhão plena” com a Igreja Católica.


in Agencia Ecclesia

05 dezembro 2007

SERÁ NECESSÁRIO RECICLAR O NATAL

Nos tempos em que a ecologia é um tema fundamental para a sobrevivência da vida animal e vegetal, também se necessita cada vez mais reciclar os comportamentos, os ideais e, sobretudo, a mentalidade humana. Mas neste texto, a época natalícia é o único alvo de reflexão.
Para toda a comunidade cristã, o Natal é a solenidade que celebra o nascimento de Jesus Cristo. Ainda sendo uma festa cristã, é encarado universalmente como o dia dedicado à família, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.
A significação da palavra indica-nos muitas vezes o verdadeiro sentido da palavra. Assim, o vocábulo “Natal” nas línguas latinas deriva de “Natividade”, natividade esta que representa o nascimento de Jesus. No mesmo sentido, a palavra inglesa “Christmas” significa, literalmente, “Missa de Cristo”; “Weihnachtem”, termo alemão utilizado nesta época designa “Noite Bendita”.
A história da humanidade revela que esta festa era celebrada em Roma no ano 336 d.C. pois até aí o cristianismo primitivo dedicava-se a celebrar apenas a Paixão e Morte de Jesus, isto porque não era hábito comemorar os aniversários natalícios. No século IV o Papa Libério instituiu oficialmente o dia 25 de Dezembro para a celebração do Natal.
Durante muito tempo, o Natal não fugiu do seu sentido sendo celebrado como uma data de extrema importância, era a data em que se celebrava a vinda do Messias que veio viver entre os homens para os salvar de todo o mal e de todo o pecado. Infelizmente, nos últimos tempos o Natal foi um motor para transformar o mercado consumidor. Os meios de comunicação servem-se desta época para, através do marketing, angariar dinheiro das marcas; nos locais de venda, alimentos são substituídos por brinquedos; as crianças, não sendo responsáveis nem auto-sustentáveis, são o verdadeiro alvo das vendas, o principal consumista; o sujeito da celebração, o menino Jesus, foi substituído por uma personagem vestida de vermelho e barba branca, o pai-Natal.
A deformação natalícia é visível cada vez mais. O presépio, criado por S. Francisco de Assis em 1223, com a Sagrada Família e dois animaizinhos foi trocado pelo presépio consumista, isto é, uma casa com um velhinho vestido de vermelho sentado num cadeirão à porta de, observando os embrulhos que o envolvem para distribuir pelas crianças bem comportadas.
Não estará sendo, também, esta personagem alvo de deterioração significativa? Não era apenas uma personagem distribuidora de presentes? Não será agora um objecto utilizado pelas famílias, para esconder a incapacidade de educar as crianças sem qualquer tipo de interesses? Não estaremos a criar negociadores infantis?
Penso que é urgente reciclar o Natal, voltar ao seu verdadeiro significado. Porém, para começar este processo de reciclagem é necessário uma peça-chave: mudança de mentalidade da sociedade.
Seremos capazes de reciclar o Natal?