18 abril 2007

Ir a Taizé...


A vida é uma constante de encontros e desencontros. Porém, é necessário, cada vez mais, criar caminhos convidativos ao encontro do próprio eu e de todos outros que continuamente nos rodeiam. Muitas vezes, a solução é clara mas o homem possui em si a complexidade que lhe dificulta, em diversas ocasiões, a descoberta do simples.
Taizé! Desconhecido para alguns, essencial para outros. É interessante como o incógnito pode ser fulcral para o ser humano. Neste sentido, Taizé procura ser o tesouro escondido que contém a solução de qualquer problema.
Taizé é, na realidade, sinónimo de encontro, reflexão, tranquilidade, paz, comunhão, fraternidade… É a paragem onde o encontro reflecte sobre o desencontro, onde se projectam futuros, onde se dissipam dúvidas descobrindo certezas… enfim um verdadeiro tesouro ao alcance de qualquer um.
Também eu achei esta preciosidade na procura de respostas, de partilha e, sobretudo, de meditação interior pois a vida da nossa sociedade leva cada vez mais o homem a perder o sentido da sua vida.
Desvendei que é na diferença que está o complemento. Infelizmente, a aldeia global em que habitamos interpreta a diferença como uma cisão, uma guerra, por outras palavras, uma situação em que o tu ofende o eu; Taizé revela que a diferença é um bom caminho para o entendimento, é na diversidade que domicilia a comunhão.
Afirmava um célebre poeta espanhol “caminheiro não há caminho, há caminho caminhando” e, nesta linha, eu como um constante viandante peregrinei até Taizé, no qual bebi da fonte da comunhão, do silêncio e, sobretudo, da oração.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo post.
O autor da frase é, de facto, espanhol. Chama-se António Machado.
Magnífico escritor.
Abraço no Senhor
Padre João António