05 dezembro 2007

SERÁ NECESSÁRIO RECICLAR O NATAL

Nos tempos em que a ecologia é um tema fundamental para a sobrevivência da vida animal e vegetal, também se necessita cada vez mais reciclar os comportamentos, os ideais e, sobretudo, a mentalidade humana. Mas neste texto, a época natalícia é o único alvo de reflexão.
Para toda a comunidade cristã, o Natal é a solenidade que celebra o nascimento de Jesus Cristo. Ainda sendo uma festa cristã, é encarado universalmente como o dia dedicado à família, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.
A significação da palavra indica-nos muitas vezes o verdadeiro sentido da palavra. Assim, o vocábulo “Natal” nas línguas latinas deriva de “Natividade”, natividade esta que representa o nascimento de Jesus. No mesmo sentido, a palavra inglesa “Christmas” significa, literalmente, “Missa de Cristo”; “Weihnachtem”, termo alemão utilizado nesta época designa “Noite Bendita”.
A história da humanidade revela que esta festa era celebrada em Roma no ano 336 d.C. pois até aí o cristianismo primitivo dedicava-se a celebrar apenas a Paixão e Morte de Jesus, isto porque não era hábito comemorar os aniversários natalícios. No século IV o Papa Libério instituiu oficialmente o dia 25 de Dezembro para a celebração do Natal.
Durante muito tempo, o Natal não fugiu do seu sentido sendo celebrado como uma data de extrema importância, era a data em que se celebrava a vinda do Messias que veio viver entre os homens para os salvar de todo o mal e de todo o pecado. Infelizmente, nos últimos tempos o Natal foi um motor para transformar o mercado consumidor. Os meios de comunicação servem-se desta época para, através do marketing, angariar dinheiro das marcas; nos locais de venda, alimentos são substituídos por brinquedos; as crianças, não sendo responsáveis nem auto-sustentáveis, são o verdadeiro alvo das vendas, o principal consumista; o sujeito da celebração, o menino Jesus, foi substituído por uma personagem vestida de vermelho e barba branca, o pai-Natal.
A deformação natalícia é visível cada vez mais. O presépio, criado por S. Francisco de Assis em 1223, com a Sagrada Família e dois animaizinhos foi trocado pelo presépio consumista, isto é, uma casa com um velhinho vestido de vermelho sentado num cadeirão à porta de, observando os embrulhos que o envolvem para distribuir pelas crianças bem comportadas.
Não estará sendo, também, esta personagem alvo de deterioração significativa? Não era apenas uma personagem distribuidora de presentes? Não será agora um objecto utilizado pelas famílias, para esconder a incapacidade de educar as crianças sem qualquer tipo de interesses? Não estaremos a criar negociadores infantis?
Penso que é urgente reciclar o Natal, voltar ao seu verdadeiro significado. Porém, para começar este processo de reciclagem é necessário uma peça-chave: mudança de mentalidade da sociedade.
Seremos capazes de reciclar o Natal?

2 comentários:

Anônimo disse...

era muito bom que voltasse tudo a ser como era, mas visto que cada vez mais estamos num pais de consumismo irá ser um bocadinho dificil, mas depois do que li o que lhes desejo é a maior sorte do mundo e que consigam mesmo reciclar o natal

Anônimo disse...

A sociedade evolui com os tempos. Sou adepta das tradições, mas também do modernismo. NAo quero defender o consumismo, mas as sociedade capitalistas vivem no mundo das compras. Dinheiro para trás, dinheiro para a frente. Estão as destruir o mundo, melhor ja destruiram.O NAtal já era.Agora o Natal resume-e apenas à troca de prendas, uns jantares aqui e outrs ali. Poucos são os que mantêm a tradição, os que vivem o Natal. Dizem que Natal é todos o dias, devia ser.É irritante ver a pseudo bondade das pessoas nesta altura, na realidade é tudo farsa. A paz, a fé, a bondade, a solidariedade , conceitos badalados excessiva e absurdamente nesta altura. Olho para as pessoas, vejo frieza.Olho em meu redor sinto tristeza. NUm mundo de inveja, de guerra, de maldade,de competição e sobretudo de responsabilidade vejo dificl essa al reciclagem....